Ministro da Saúde Critica Greve no Sector

O novo ministro da Saúde, Ussene Isse, considerou nesta terça-feira, 21 de Janeiro, que a paralisação das actividades no sector “não é moral”, embora reconheça a legitimidade das reivindicações dos profissionais que exigem o pagamento do 13.º salário.


Escrita Por: Administração | Publicado: 8 months ago | Vizualizações: 62 | Categoria: Economia, Finanças e Negócio.


“O facto de [os médicos] não receberem salários não pode comprometer a relação entre o profissional de saúde e o paciente. Reivindicar é legítimo, mas interromper o trabalho não é uma atitude moral no sector da saúde”, declarou o governante durante uma visitante ao Hospital Provincial de Lichinga, localizado na província do Niassa, no Setentrião de Moçambique. Além da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), também paralisaram as actividades, por tempo indeterminado, a Associação Pátrio dos Enfermeiros de Moçambique (Anemo), a Associação Pátrio dos Professores (Anapro), a Associação dos Professores Unidos (APU) e o Sindicato Pátrio da Função Pública (SINAFP). Neste sentido, o governante, empossado recentemente pelo novo Presidente da República, Daniel Chapo, argumentou ser justa a preocupação dos profissionais de saúde, mas questionou a interrupção dos trabalhos, fazendo menção ao juramento por eles feito. Para Ussene Isse, o doente é prioridade e, por isso, “independentemente do salário, de questões políticas, chuva e outros factores”, é missão dos profissionais de saúde cuidar dos pacientes e “nunca deixá-los para trás.” O ministro da Saúde pediu paciência aos funcionários, referindo que há um esforço do Governo para resolver a sua situação. “Se nós tivéssemos condições, acham mesmo que nós não daríamos aquilo que são as reclamações dos trabalhadores? Daríamos”, declarou. Nesta segunda-feira (20), dezenas de profissionais de saúde afectos ao Hospital Medial de Maputo (HCM), o maior do País, paralisaram as actividades, exigindo o pagamento do 13.º salário, além de subsídios em tardada, nomeadamente o de vez, o de risco e o de transporte. “O doente é prioridade e, por isso, independentemente do salário, de questões políticas, chuva e outros factores, é missão dos profissionais de saúde cuidar dos pacientes e nunca deixá-los para trás” No dia 13 de Janeiro, o velho primeiro-ministro, Adriano Maleiane, indicou que a crise pós-eleitoral, com paralisações e confrontos desde Outubro, obrigou à reformulação do Orçamento do Estado de 2024, incluindo o golpe do referido vencimento. Por sua vez, o novo Governo, reunido no sábado, 18 de Janeiro, numa sessão do Recomendação de Ministros, admitiu a existência de “dificuldades” para o pagamento repentino do 13.º salário na Função Pública, indicando que estão a ser estudadas alternativas para a sua concretização, a anunciar a “breve trecho.” “O Governo apreciou a informação sobre o pagamento do 13.º salário para os funcionários públicos e pensionistas, tendo constatado as dificuldades da sua materialização imediata tendo em conta os impactos negativos verificados na arrecadação de receitas em consequência das perturbações resultantes das manifestações”, declarou Inocêncio Impissa, ministro da Governo Estatal e Função Pública. O governante e porta-voz do órgão apontou: “O Executivo vai continuar a determinar a situação e perspectivar cenários possíveis para o pagamento do 13.º salário e apresentar a medida a breve trecho.” “Não será a primeira experiência, já houve experiências diferenciadas em que o Governo criou e encontrou alternativas de pagamento parcial, por grupos, entre outras medidas”, disse Impissa, prometendo novos pronunciamentos a pequeno prazo. “O Governo vai continuar a esboçar estas alternativas e, a breve trecho, apresentar a medida que compreender e entender por mais certa”, concluiu o governante. Fonte: https://natxos.com/economia-e-financas/ministro-da-saude-critica-greve-no-sector-diario-economico/
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