"Apagões" levam a demissão de administração de elétrica do Texas

A administração da empresa gestora da rede elétrica do Texas demitiu-se na terça-feira, na sequência dos "apagões" que há uma semana deixaram milhões de pessoas sem eletricidade no Estado norte-americano durante uma vaga de frio.


Escrita Por: Administração | Publicado: 4 years ago | Vizualizações: 37 | Categoria: Internacional


Além da presidente do Conselho para a Fiabilidade Elétrica do Texas (ERCOT), Sally Talberg, demitiram-se o vice-presidente Peter Cramton e os administradores Raymond Hepper e Terry Bulger.

A demissão seguiu-se ao anúncio pela comissão das infra-estruturas públicas do Texas de que irá investigar "os fatores que, juntamente com o devastador tempo de inverno, perturbaram o fornecimento de eletricidade" no Estado na semana passada.

O procurador geral do Texas, Ken Paxton, também já exigiu formalmente à ERCOT e produtoras de eletricidade do Estado cópias de comunicações relacionadas com a gestão da rede durante a tempestade.

Durante a tempestade, a ERCOT, que gere o fluxo de eletricidade no Estado para a rede de distribuição federal, fez cortes seletivos para equilibrar o fornecimento e utilização de energia.

A própria empresa admitiu que a rede quase sofreu uma "falha catastrófica" que teria levado a "apagões" descontrolados, situação que poderia levar meses a reparar.

O frio extremo começou a instalar-se no sul do país no fim-de-semana de 13 de fevereiro e prolongou-se cerca de uma semana.

Apesar dos alertas, as condições meteorológicas, que no Estado do Texas incluíram temperaturas de -18ºC e queda de neve, causaram enormes estragos, obrigando vários Estados a declarar emergência, incluindo Alabama, Oregon, Oklahoma, Kansas, Kentucky e Mississippi.

Segundo o Serviço Meteorológico Nacional (NWS, na sigla em inglês), mais de 150 milhões de pessoas vivem nas regiões afetadas por frio glacial, tempestades de neve e outras condições climatéricas extremas.

O impacto ao nível do fornecimento de eletricidade, água ou aquecimento - 4 milhões de pessoas foram afetadas por falhas - vítimas mortais e transportes está a levar a uma avaliação dos motivos para a impreparação para o impacto da intempérie, apesar dos alertas.

A fragilidade das infraestruturas e a falta de planeamento adequado àgrandeza das extremas condições meteorológicas têm sido apontada por especialistas como motivos dos prejuízos registados, apesar de a tempestade ter sido prevista com mais de duas semanas de antecedência.

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