Quedas no sector tecnológico penalizam Nasdaq em dia de abertura mista em Wall Street

A subida das taxas de juro da dívida soberana norte-americana vão penalizando o sector tecnológico e, por conseguinte, o índice Nasdaq, com os investidores preocupados com o impacto desta tendência nos ganhos futuros de algumas empresas que se revelaram das maiores vencedoras da pandemia.


Escrita Por: Administração | Publicado: 4 years ago | Vizualizações: 19 | Categoria: Mercado


As bolsas europeias fecharam a sessão desta sexta-feira sem tendência definida, invertendo a tendência totalmente otimista de ontem. O índice português PSI-20 foi um dos que terminou a semana com uma desvalorização, de 0,49% para os 4.849,19 pontos, penalizado sobretudo pelo grupo EDP.  A EDP – Energias de Portugal caiu 1,90% para 4,81 euros enquanto a EDP Renováveis resvalou 1,93% para 17,94 euros. A cair mais de 2% esteve ainda a Corticeira Amorim (-2,36% para 10,74 euros) e a operadora de telecomunicações NOS (-2,46% para 2,93 euros).  No resto da Europa, o sentimento é misto. O índice alemão DAX perdeu 0,42%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,34%, espanhol IBEX 35 cresceu 0,59%, o francês CAC 40 avançou 0,21%, o holandês AEX caiu 0,92% e o italiano FTSE MIB deslizou 0,03%. O Euro Stoxx 50 ficou marcado por uma valorização de 0,67%.  “O BCE apresentou uma mensagem claramente acomodatícia e de apoio às obrigações. Manteve inalteradas as ferramentas de política monetária, tanto as taxas de juro, como o montante e o prazo dos programas de compras de ativos (PEPP e APP) e o TLTRO-III. O sentimento do mercado é bom e isso continuará a apoiar as bolsas”, concluem os analistas do Bankinter, um dia depois da reunião do conselho de governadores do Banco Central Europeu.  Nas matérias-primas, o valor do ‘ouro negro’ segue direções opostas. O preço do petróleo WTI, produzido no Texas, sobe 0,12% para os 66,10 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent está a desvalorizar 0,06% para os 69,59 dólares.  “O ouro esteve a negociar em alta durante as primeiras sessões desta semana e acabou por ser impulsionado pela fraqueza do dólar norte-americano e a queda na evolução dos juros da dívida. No entanto, à medida que as yields a 10 anos voltaram a recuperar e atingir a marca dos 1,60%, o ouro voltou a estar colocado, mais uma vez, sob pressão.

Os compradores não conseguiram quebrar acima da resistência localizada nos 1,730 dólares e acabaram por perder a força face aos vendedores no curto prazo”, destacam os analistas da XTB.  Quanto ao mercado cambial, o euro desvaloriza 0,27% face ao dólar, para os 1,1952 dólares, enquanto a libra esterlina perde 0,51% face à moeda dos Estados Unidos, para os 1,3919 dólares.

Wall Street abriu a sessão desta sexta-feira mista, mas com perdas consideráveis no sector tecnológico que empurram o Nasdaq fortemente para baixo. Também o S&P 500 caiu dos máximos registados na última sessão.

O Nasdaq vai caindo 173 pontos, ou 1,30%, até aos 13.225,02, enquanto que o S&P 500 perde 0,30% até aos 3.927,51 pontos. O Dow Jones destoa das quedas, acrescentando 138 pontos, ou 0,43%, até aos 32.623,85.

O sector tecnológico vai sofrendo novamente com o aumento das taxas de juro da dívida soberana norte-americana, que voltaram a aproximar-se dos máximos recentes ao subirem 8 pontos percentuais durante a noite. A taxa a 10 anos bateu hoje os 1,61%, levantando preocupações com a capacidade de manter o ritmo de crescimento nalgumas das empresas que se mostraram as maiores vencedoras da pandemia.

Os principais títulos desta área vão assim registando perdas entre os 1% da Microsoft e os 2,39% do Facebook, com Apple, Netflix, Tesla e Amazon a juntarem-se à tendência de descidas.

Por outro lado, títulos procíclicos como banca vão subindo, à boleia da recuperação económica mais forte e rápida do que antecipada há alguns meses. Também os sectores do turismo e lazer vão registando ganhos à boleia do pacote de estímulos e da contenção da pandemia na maioria dos estados americanos, depois de um ano terrível que quase destruiu a atividade.

Já o petróleo vai perdendo terreno, com o preço do barril de Brent a recuar 0,42%, valendo agora 69,34 dólares (58,21 euros), enquanto que o de Crude WTI, a referência no mercado norte-americano, está a cair 0,41% até aos 65,75 dólares (55,11 euros).

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