A Índia ultrapassou a China nas preferências de investimento dos fundos soberanos globais. A pandemia aumentou o apetite por gigantes do e-commerce, fazendo acelerar as apostas no país, enquanto o impacto do coronavírus manteve o mercado chinês estável, de acordo com o Sovereign Wealth Funds Report 2021.
Escrita Por: Administração | Publicado: 3 years ago | Vizualizações: 42 | Categoria: Internacional
“Pela primeira vez, os fundos soberanos ultrapassaram a marca dos 10 biliões de dólares em ativos sob gestão. Isto é um aumento de 11% em comparação com o nosso anterior relatório”, explica o Center for the Governance of Change of IE University (CGC) com o espanhol ICEX-Invest. “O destino geográfico não mudou muito. A mudança mais interessante resulta na ênfase dada este ano à Índia, que passou para segundo lugar pela primeira vez, ultrapassando a China em número de negócios e valor total das transações”.
A urgência da adaptação e das oportunidades oferecidas pela pandemia explicam o aumento do volume de negócio para 120 mil milhões de dólares, três vezes acima do ano anterior. Os EUA ainda dominam, mas o crescimento da Índia não foi acompanhado pela China que caiu assim para terceiro. Reino Unido, Singapura, Rússia e Brasil seguem-se nas preferências.
Em termos sectoriais, a tecnologia e o software são indústrias que acolhem a preferência destes institucionais. No entanto, os investigadores captaram uma predileção por e-commerce com investimentos significativos nas gigantes Flipkart indiana, Noon AD Holdings nos Emirados Árabes Unidos e na turca Trendyol. “Estes negócios em conjunto sugerem que o investimento dos fundos soberanos em líderes de e-commerce regionais estão alinhados com a tese de transformação de comportamentos de consumo”.
O início da pandemia fez desacelerar fortemente o investimento dos fundos soberanos, em linha com o travão do crescimento económico. Com as taxas de juro ainda em mínimos históricos e as avaliações acionistas em recuperação, também houve uma retoma das fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). O ano de 2021 fechou mesmo com recordes. Esta transformação foi espelhada pelo investimento internacional seguido pelo centro.
“Sem surpresas, os padrões anteriores – fundos participantes, volumes, geografias e até práticas de coinvestimento – persistem”, explica o relatório, que segue a atividade de investimento de quatro dezenas de fundos soberanos. “Tal como aconteceu em anos anteriores, a atividade foi dominada pelo top 5”. Estes incluem o Temasek, que agrega 27,9% do total, mas também GIC, Mubadala, Qatar Investment Authority e Abu Dhabi Investment Authority. O grupo representa cerca de 23% dos fundos, mas mais de 85% dos investimentos.
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