África do Sul: Reformas Logísticas Não Podem Ser Apressadas – Transnet
A Transnet, empresa estatal sul-africana de transporte ferroviário e portuário, informou o Governo de que precisa de mais tempo e que não pode cumprir os prazos estabelecidos a partir do próximo mês num roteiro para resolver os problemas logísticos do país, declarou na terça-feira a sua directora-executivo em exercício, Michelle Philips.
Escrita Por: Administração |
Publicado: 1 year ago |
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Categoria: Economia, Finanças e Negócio.
A empresa tem tido dificuldade em fornecer serviços adequados de transporte ferroviário e portuário de mercadorias devido à falta de equipamento e a atrasos na manutenção, após anos de subinvestimento. O roubo desenfreado de cabos e o vandalismo também prejudicaram a rede.
Os exportadores, incluindo os mineiros sul-africanos, afirmam que perderam milhões de dólares, o que teve repercussões na economia, mas a Transnet considera que tentar apressar as soluções não ajudará.
“Estamos actualmente em discussão com o Tesouro Nacional e com o accionista sobre algumas das datas”, disse Michelle Phillips à Reuters, à margem do Investing in African Mining Indaba, na Cidade do Cabo, sublinhando: “fornecemos datas alternativas porque, se formos ao roteiro logístico, há uma série de transacções com datas, algumas delas falam de Março deste ano. Não podem ser feitas por mim e não creio que o possamos fazer enquanto Transnet”.
Em Dezembro, o Governo aprovou o financiamento da Transnet juntamente com o Roteiro da Logística do Transporte de Mercadorias, que prevê um maior envolvimento do sector privado nas redes ferroviárias e portuárias do país
As suas disposições incluem igualmente a criação de uma unidade de gestão de infra-estruturas separadas e um calendário que prevê a nomeação de um gestor até Março de 2024, assim como a autorização de pedidos de direitos de exploração de partes da rede ferroviária de transporte de mercadorias por parte de operadores privados a partir de Abril.
A empresa ainda não anunciou os substitutos após a saída do CEO do grupo e do director da principal filial de transporte ferroviário de mercadorias em Outubro passado. O presidente do conselho de administração da Transnet afirmou que as vagas poderão ser preenchidas até ao final deste mês.
Entretanto, Michelle Phillips reiterou que a empresa apoiava as reformas propostas, mas estava preocupada com o facto de que, se as coisas fossem apressadas, “iríamos cometer erros”.
“Nós comprometem-nos e eles (accionistas) estão a considerar o nosso pedido. Gostaria de lhes dar espaço para reflectirem”, declarou a responsável, concluindo que, “neste momento, o meu objectivo é colocar as operações ao nível correcto para podermos satisfazer os nossos clientes e, ao mesmo tempo, pensar no futuro”.
Fonte: https://www.diarioeconomico.co.mz/2024/02/08/economia/africa-do-sul-reformas-logisticas-nao-podem-ser-apressadas-transnet/